Fui ao forum ontem (26/01) analisar um processo. Trata-se de uma ação de despejo, movida contra minha cliente. A história é longa, por isso não pretendo contá-la.O que me fez escrever essa postagem foi o seguinte:
Como eu disse, a ação foi movida contra minha cliente.
Pois bem, eu não apenas contestei ação, mas apresentei uma reconvenção, pleiteando o ressarcimeto dos valores gastos pela minha cliente com as reformas do imóvel, por se tratarem de benfeitorias necessárias.
Acho que a advogada da autora não esperava o contra-ataque processual !
Veio aquele memorável despacho do Juiz "diga a autora sobre a reconvenção".
Foi o que a colega fez. Disse....como disse... e usou, algumas vezes, palavras ofensivas.
Eu, pra ser sincero, não me senti ofendido. Isso porque acho que o advogado, o verdadeiro advogado, não pode atuar no processo com o coração.
Há quem leve à alma aos autos, tomando para si o anseio desesperado de sair-se vitorioso. Mas a vitória e a derrota são coisas relativas. Nem sempre que perdermos saimos perdedores, e nem sem sempre que ganhamos saimos vencedores. Acho que perder nao significa, necessariamente, sair derrotado. Você pode tirar lições da derrota ou até mesmo sentir-se orgulhoso de ter feito o melhor.
É isso que procuro fazer sempre que atuo... dar meu melhor.
Estive pensando em requerer ao Juiz que determinasse que as palavras ofensivas fossem riscadas dos autos (art. 15 do CPC). Mas acho que não vou fazer isso não!! Afinal, nossa colega não se tornou advogada por acaso, certamente merece minha consideração..... se eu ganhar o processo dou a sucumbencia pra ela!!
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
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